sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Seguindo em frente...

Anteontem chorei muito, foi o último dia que vi minha amiga e psicóloga, ontem ela foi a outro país, onde passará dois anos longe de todos que vivem no Brasil, imagino que sua família sentirá muita falta, mas os amigos também sentirão saudades, e eu também. Não sentirei falta só da ajuda que ela me dava, pois se Deus quiser poderei contar com a ajuda de outro profissional, mas sentirei falta do jeito único dela de ser, sentirei falta das palavras que ela tanto repetia para mim, como a frase: "Que fofo você falando isso, perfeita sua fala!" (ou algo assim) Sentirei falta de olhar nos olhos dela, pois mesmo que as vezes eu me escondesse dela por vergonha, fugia com meu olhar, eu sempre retornava a ela, e sim, conseguia olhar elas nos olhos, como faço apenas com muito esforço a quem realmente me importa. Sentia que cada vitória minha era também uma vitória para ela, ela sorria a cada conquista minha, mesmo que pequena. Ela não fazia só o papel de psicóloga, pois já tive outras tantas psicólogas e nenhuma se iguala a ela, afinal, ela foi a que mais conseguiu me ajudar. De todos os dias em que estivemos juntas, só houve um momento em que eu me assustei com a forma dela de falar, que me lembrou minha irmã, apenas uma, pois ela também é humana e erra, mas se esforça para se melhorar a cada dia, e ela me disse que essa forma de falar realmente ela buscou melhorar, mas mesmo assim nunca perdi a confiança nela. Eu a amo de verdade! E desejo que ela seja muito feliz na vida, nas suas escolhas, na sua profissão. Também quero muito permanecer-me bem para que ela sinta orgulho de mim, e não que fique triste comigo. Por isso que consegui me segurar ontem, quando por problemas que tive, e por estar sem ela, quase me veio a tona uma pré-crise, minha mãe que o diga, eu queria morrer de raiva da minha mãe, que acha que tudo tem que ser do jeito dela, e porque já estava exausta de ter passado o dia com meu pai de lá pra cá no Rio, depois de ter ido ao médico, e também ao médico dele, já que o meu foi mais rápido... Meu pai anda transtornado, muito triste, abalado, mas falta ainda um pouco de força de vontade, mas não o julgo, pois sei como é difícil lutar com nossas maiores dificuldades, e por mais que o médico tenha lhe dito que a parte do corpo não pede mais álcool devido aos remédios, e que ele necessita querer parar de beber, eu sei como há espíritos afins que também lhe influenciam por afinidade de pensamento, sei que ainda há a dependência psicológica, mesmo que não haja totalmente a física, mas para mim o corpo é integral e ele ainda é dependente, por isso necessita de muita ajuda. Apoio ele no que dá pra apoiar, sei como sofremos com a pressão de minha mãe, sei também quanto ela a ama e quanto ela o perdoa e como ele não faz por merecer as vezes. Ele está querendo dar um passo importante no seu tratamento, algo que ele já fez duas vezes, mas que sinto que dessa vez será melhor sucedido, pois está na mão de profissionais em que realmente eu confio, pois é uma instituição séria e que já tanto me ajudou. E para finalizar esta postagem gostaria de colocar aqui a crença número 1 que tanto estudei e que tanto ainda necessito retirar de minha cabeça:
"É absolutamente necessário para mim ser amado(a) e aprovado(a) pelas pessoas que me são importantes."
O mal disso está na palavra necessário.
Pois é possível que uma pessoa que me aprove 100 vezes em 100 tentativas, que na vez seguinte, me negue isso. Também é possível que mesmo obtendo amor e aprovação, isso possa não ser suficiente (e como sei disso), pois surgirão preocupações sobre o quanto você foi aprovada e amada, se ainda o conseguirá e até quando conseguirá. É possível que, pelos próprios preconceitos ou tendenciosidades do outro, você possa só receber indiferença ou reprovação, ao invés daquilo que deseja (eu que o diga, de novo). É possível que sua busca compulsiva de amor e aprovação acabe gerando um comportamento inseguro que conduza mais á perda de aprovação e respeito do que a seu ganho. É possível que amar alguém, que é uma coisa prazerosa e absorvente, possa ficar inibida e impedida de ezpandir-se pela busca incessante de ser amado(a).
Então o texto diz:
Não seria mais racional acreditar que:
"- Você deseja amor, não precisa dele.
- É muito mais prazeroso ser aprovado e amado pelas próprias realizações. Elas é que sustentam uma forte auto-estima: é por nossas conquistas, principalmente as mais difíceis, que gostamos cada vez mais de nós mesmos. A necessidade (infantil) de ser amado incondicionalmente sustenta uma falsa e frágil auto-estima, pois ela depende sempre de novas provas de amor e aprovação em cada momento. Uma verdadeira e forte auto-estima deriva de um comprometimento determinado em seguir os próprios objetivos, não de aprovações alheias.
- É desagradável não receber amor ou aprovação de alguém importante para você; mas isso é catastrófico?
- Suas ações devem ser guiadas pelos seus desejos, não pelo desejo dos outros. Afinal, de quem é a sua vida?
- A melhor forma de ganhar amor é dar amor, genuinamente."
(Adaptado de Abert Ellis por Bernard Rangé)

Espero contribuir para a reflexão de quem também necessita ler isso várias vezes como eu!
Beijinhos e estou me esforçando para seguir o caminho e ir além...


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